Romance Asfixia

Asfixia

No romance Asfixia - o pensamento é tratado como a maior angústia do homem.

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Romance Soslaio

Soslaio

"As mais incríveis criações do homem, intrigantemente são aquelas ligadas ao campo da inexistência. Impossível combater aquilo que não existe, pois como provar que um coisa que não existe, não existe!"

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Romance Tempestade

Tempestade

"Para o homem que deseja ter uma mulher confiável ao seu lado, só lhe resta uma maneira para ter a certeza que de fato a encontrou; desrespeitando-a!"

Não fique imaginando coisas! Para saber exatamente o que aconteceu com o protagonista e o que o fez pensar assim, você terá que ler o início do romance no arquivo.

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segunda-feira, 18 de julho de 2011

NOVA FASE

            Encerrei, em maio de 2011, uma fase importante da minha carreira como escritor; eu encerro essa primeira fase, com a conclusão do meu quarto romance - Rescaldo. Ser um contador de histórias não é missão muito fácil, e, simplesmente ter o que contar; não se mostra ser o suficiente; é preciso possuir uma miríade de coisas das quais, muitas vezes, desconheço seu real significado e importância, e assim, continuo seguindo esse caminho, tão árduo quanto maravilhoso, onde o que me é revelado; mostra-se tão maravilhoso quanto o que ainda está no desconhecido.  

Com o primeiro romance Soslaio, eu percorri por ruas sinuosas e ameaçadoras; a memória e o tempo foram desfragmentados em seu sentido habitual, para o leitor, fica a vaga sensação de um tema que trata do imponderável, do inteligível, do inalcançável; como temas centrais do livro de uma história sem tempo. Em Tempestade, eu trato da loucura humana que busca encontrar a si mesmo através do outro, do ser humano na sua falta de auto-conhecimento, surgem assim, iniquidades imensuráveis e inatingíveis, a morte é apenas o início dessa imensidão da qual desconhecemos, que é, em si mesma, a própria maneira como vivemos, transferindo e sobrepondo nossos desejos e frustrações através da imagem de um outro ser. No romance Asfixia, facilmente se encontra o desespero do homem que acredita que é possível um mundo melhor, e que ao lançar-se nessa busca, perde-se totalmente dos seus valores, e num vazio de desesperança, diante daquilo que encontra no outro -- nada mais que um espelho de si mesmo -- está o desespero. Asfixia é o próprio pensamento, e o pensamento é, senão o inexistente, que persiste de maneira eloquente em passar de simples idéia, a uma pseudoconcretude, num mundo que não passa de irreal do solipsismo humano. Através da ação, o homem cria suas dissonâncias, recria o próprio mundo a sua imagem e semelhança; se o inferno é aqui, na Terra, o homem não passa de mero criador desse inferno, tanto quanto vítima de si mesmo. Rescaldo conclui essa fase obscura do pensamento e do incons ciente, escura e sombria as ambiguidades humanas; um pai que abandona os filhos em nome de uma ideia de que, o crescimento e o amadurecimento apenas existirão no desafio de encarar a própria existência, diante das próprias realidades a que todos estão envoltos com seus demônios, medos e crenças. Rescaldo é a própria circunferência da vida, o eterno retorno de Nietzsche, é a própria inutilidade dos esforços humanos relatado por Hemingway em O Sol Também se Levanta. Rescaldo se mostra importante, no quanto; deixar-se viver, é mais importante do que um simples entender dos fatos. Descartes que me desculpe, mas se eu 'penso, logo não existo!'. A vida não segue no pensamento, segue na ação, independente do que o homem acredita ou deseja, a vida acontece na matéria, onde tudo de fato se realiza; a vida não é pensamento. Mas infelizmente é no pensamento que o homem inicia a pratica do mal em nome da verdade, onde mata em nome de Deus, fere em nome da justiça, proibi a fim de obter controle, permiti a fim de envaidecer-se.

Disfunção do tempo, distopia do pensamento, o inexistente e a ação, as relações entre um pai e seus filhos, a incompreensão do silêncio, as competições entre os seres, a conquista do bem através do mal, a figura distante de Deus, o homem que quer ser Deus, a mulher como propriedade do homem, o círculo vicioso da vida, o eterno retorno, a vida numa visão periférica, a falta de auto-conhecimento dos homens; tantas coisas relatadas em tão pouco tempo, isso tudo me faz pensar que, se continuo a escrever, o faço a fim de ficar distante, impessoal, mas ao fazê-lo, tudo o que consigo é um pouco mais de proximidade, de conhecimento do que de fato penso que sou; e isso não mais me assusta, mas... o que fazer com tudo isso? Desnecessário pensar; é óbvio, mas ainda assim, tento obter uma resposta. A vida se faz ur gente, pulsa independente dos nossos valores de sentido, das nossas atribuições; a vida segue... soberana!