Romance Asfixia

Asfixia

No romance Asfixia - o pensamento é tratado como a maior angústia do homem.

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Romance Soslaio

Soslaio

"As mais incríveis criações do homem, intrigantemente são aquelas ligadas ao campo da inexistência. Impossível combater aquilo que não existe, pois como provar que um coisa que não existe, não existe!"

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Romance Tempestade

Tempestade

"Para o homem que deseja ter uma mulher confiável ao seu lado, só lhe resta uma maneira para ter a certeza que de fato a encontrou; desrespeitando-a!"

Não fique imaginando coisas! Para saber exatamente o que aconteceu com o protagonista e o que o fez pensar assim, você terá que ler o início do romance no arquivo.

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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Romance "Tempestade"

"Para o homem que deseja ter uma mulher confiável ao seu lado, só lhe resta uma maneira para ter a certeza que de fato a encontrou; desrespeitando-a!"

Após a imprevisibilidade do que acabara de ocorrer, Jazz pegou um guardanapo do serviço de bordo da aeronave em que está viajando, e anotou imprecisamente esse indiscreto aforismo. O que o levou a fazê-lo, foi o fato de ter presenciado o homem ao lado da sua poltrona a dizer impropérios ao pé-do-ouvido das aeromoças; uma a uma que passava, ele as chamava como a dizer algo importante. Mesmo contrariadas, após ouvir tais insolências, elas ficavam a distância com um olhar vazio e curioso sobre o impertinente homem. O certo, é que em determinado momento, esse homem levantou-se e passou boa parte da rápida viagem a conversar com uma dessas aeromoças. Ambos disparavam descuidadamente risadas faceiras com a intimidade dos amantes.
Sem muito pensar sobre o que acabara de anotar, Jazz buscou no silêncio dos seus pensamentos, e escreveu suas possíveis justificativas no verso do mesmo guardanapo.

"Se for uma cachorra, vai adorar tal tratativa (o homem ficará com a falsa ideia de que a possuirá sempre, ou... a terá apenas por um instante, como muitos homens que pensam o mesmo, mas que possivelmente isso ocorrerá apenas por alguns instantes). Mas se ela não for esse 'tipo de mulher', talvez, esse homem jamais venha a tê-la (essa certeza pode ser acompanhada do prejuízo eterno, não haverá dúvida quanto a integridade da mulher seletiva, porém, para o homem, restará a certeza da grande sorte perdida)."

* Pensarei melhor no assunto!
- por que a mulher deveria ser seletiva? (por quais motivos?)
- o que é uma mulher seletiva para o homem ou mesmo para a mulher?
- para o homem, existem apenas dois tipos de mulher; a santa e a perversa?
- será que de fato existem apenas dois de mulher?
- a perversa saberia, se assim pretendesse, se passar por ambas?
- a santa de fato seria sempre santa? Ou apenas o faz assim para manter as aparências?

Ficou pensativo quanto a dificuldade de chegar a uma ideia mais objetiva sobre esses fatos.
Nada satisfeito, e ainda com muitas dúvidas, complementou com uma frase aparentemente ainda mais desconecta, com mais uma observação sobre sua imperícia;

"O homem está preso à mulher, principalmente quando pensa estar livre. A mulher por sua vez, está livre do homem, apesar de muitas vezes parecer presa!" (pois, a mulher pode sempre se livrar e agarrar-se a qualquer um quando bem entender?! (*melhorar)

Riu de si mesmo e dos seus pensamentos sempre inconclusos.
O homem voltou a sua poltrona, e após terem iniciado uma conversa estranha, por simples falta de espaço seguro para mantê-lo distante, Jazz educadamente deixou transparecer ser complacente e simpático à ofensiva desse homem para com as garotas, mesmo não concordando com suas maneiras, pois contrariá-lo nesse momento, seria estender o assunto, e isso ele não suportaria. Independente de opiniões adversas, ambos se deliciaram com as belas aeromoças durante os preparativos do voo. Paralelamente, Jazz pensava nas pessoas estranhas que tem atraído ultimamente, e cogitou que talvez ele mesmo tenha ficado distante do que pensa ser uma nova maneira de se fazer as coisas, de agir frente a uma nova realidade que se apresenta.
"Uma realidade da moda?!", pensou incrédulo.

2 comentários:

  1. Rogério,
    Gostei muito da oportunidade de acompanhar seus raciocínios literários!
    Bastante instigante o trecho de "Tempestade", parabéns. Estou numa lan house em Peruíbe, depois em casa vou ler o resto com calma, mas não podia deixar de parabenizá-lo pela iniciativa e coragem, pois sei que não é tão simples quanto parece lançar pensamentos tão introspectivos aos olhos alheios...
    Abçs, da amiga Fernanda.

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  2. Boa sorte com o blog!
    Demorou mas saiu! E finalmente li algo seu!!!

    O estilo de escrita de "Tempestade" me lembrou o Italo Calvino em "Se um viajante numa noite de inverno" e percebi que esse livro não está lá no seu top dos melhores livros. Por quê, Rogério????

    E mais: você vai atualizar sempre isso daqui?
    Olha que eu vou cobrar! Tenho a pequena neurose de entrar quase todo dia nos blogs dos amigos... hehehehe

    Boa sorte mais uma vez!
    beijo

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