Romance Asfixia

Asfixia

No romance Asfixia - o pensamento é tratado como a maior angústia do homem.

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Romance Soslaio

Soslaio

"As mais incríveis criações do homem, intrigantemente são aquelas ligadas ao campo da inexistência. Impossível combater aquilo que não existe, pois como provar que um coisa que não existe, não existe!"

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Romance Tempestade

Tempestade

"Para o homem que deseja ter uma mulher confiável ao seu lado, só lhe resta uma maneira para ter a certeza que de fato a encontrou; desrespeitando-a!"

Não fique imaginando coisas! Para saber exatamente o que aconteceu com o protagonista e o que o fez pensar assim, você terá que ler o início do romance no arquivo.

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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Crônica da semana

O Estacionamento

 

            G. Néscio procurou uma vaga para o seu carro em um estacionamen- to do bairro, desde que não fosse muito caro nem muito longe, e se possí- vel com portão automático. Estava morando num novo endereço há pouco mais de um mês, apartamento antigo, muito amplo e aconchegante, porém, sem garagem. Encontrou facilmente o estacionamento ideal na rua de trás, mas por não haver nenhuma vaga, entrou numa lista de espera. Passou, em decorrência disso, a fazer uma caminhada de quatro longos quarteirões to- dos os dias, sem contar com a inviabilidade da violência urbana colocada a prova, pois nas madrugas nenhuma alma viva poderia ser avistada nas proximidades, a não ser bêbados e prostitutas.

            G. Néscio seguiria assim até o momento oportuno; em dias de chuva, caminhava acompanhado de capa e guarda-chuva. "Nos dias de muito sol não há o que fazer!", reclamava um pouco aturdido com o calor e o barulho dos carros, desejoso de que haveria de melhorar o quanto antes, sua paciência nunca fora de bom tamanho e um estacionamento com o nome de "O Rei da vaga", não poderia ser levado a serio. 

            Enfim, o grande dia chegou, de todos os estacionamentos visitados, surgiu uma vaga naquele que mais o agradou; portão automático, vagas cobertas, local amplo para manobrar o carro, nada de aperto ou qualquer tipo de incômodo. "E o melhor! Com bom preço! Tirando as recomendações exageradas e intransigentes do proprietário... tudo bem!".

            Acertado os detalhes, tudo estava melhorando rapidamente; perto do apartamento, maior segurança, muitas pessoas nas ruas, afinal estava mais próximo da rodoviária e da estação de trem. Nos dias de chuva, tudo tranqüilo. A caminhada curta nos dias de sol, por entre ruas repletas de sombras das árvores e dos prédios, se mostrava agradável. Durante o dia ele esbarrava nas belas mulheres que trabalhavam ou eram clientes dos prédios comerciais e dos bancos ao redor, entrando e saindo do estacionamento com muita freqüência. Durante a noite, bem... durante a noite não havia muito que observar.

            Depois de três meses como mensalista integral do estacionamento, G. Néscio começou a perceber que o lugar, aparentemente tão perfeito, mostrava-se inconstante. Nesse período a rotatividade de mensalistas era muito superior ao que ele pode imaginar. "Nesse tipo de negócio é assim mesmo!", reclamou o proprietário numa conversa informal. 

            Após suas férias de final de ano, o proprietário ligou para ele informando que não recebera a última mensalidade, G. Néscio de pronto confirmou se desculpando pelo incômodo. "Deixarei por baixo da porta do seu escritório ainda hoje! Tudo bem?". O proprietário confirmou que sim, ele então aproveitou para pedir que o homem segurasse o cheque por mais dez dias, o que não foi possível. "Já está atrasado! Não posso segurar mais nenhum dia!", resmungou. "Não tem problema! Eu me viro!", completou um pouco sem jeito. Assim que desligou o telefone é que percebeu que havia esquecido de avisar ao proprietário que o cheque já estava preenchido e pré-datado, mas que poderia ser depositado de imediato, sem maiores problemas. "Qualquer coisa falo com o proprietário amanhã!".

            O telefone tocou na manhã do dia seguinte. "Eu não disse que não vou prorrogar o prazo! Vou depositar o cheque hoje! Sem falta!", gritava o proprietário palavrões e tudo mais, desligando o telefone em seguida. Ele tentou ligar na seqüência, mas o homem não atendia. Tentou por várias vezes e nada conseguiu. Dois dias seguidos tentando encontrá-lo para explicar tudo, e nada de encontrar o proprietário. Pensou em deixar recado, mas depois de refletir melhor, sentiu-se desrespeitado. "Deixa pra lá!", pensou inconformado.

            Na semana seguinte, voltou a deixar o carro no estacionamento "O Rei da vaga".

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Pirose

 

Esporte

           

No último dia vinte e cinco de janeiro, aniversário da cidade de São Paulo, aconteceu a final da Copa São Paulo de Futebol Juniores entre os times do Santos e São Paulo, final inédita para a competição. Após um ataque do time do Santos em que o jogador estava a caminho do gol, quando o goleiro do São Paulo o derrubou fora da grande área, era o último jogador do seu time na jogada, e conforme a regra, deveria ter sido expulso. Uma falta escandalosa, sem dúvida alguma digna de um cartão vermelho, pois não é o que juiz enxergou que a falta seria apenas para cartão amarelo, na incapacidade frente à velocidade da jogada! O Santos que ficaria com superioridade numérica, sofreu até o final da partida quando deixou escapar a vitória, cedendo o empate com gosto amargo. Nas disputa final por pênaltis, ainda teve que assistir ao gol eiro do São Paulo defender três cobranças e ficar sem o título.

Existe um processo de imbecilidade sofrida no futebol através dos retrógrados senhores da FIFA. Esse esporte de grande popularidade no mundo se vê esganiçado em seu grito de justiça; os torcedores por sua vez, assistem em silêncio aos maus tratos. A entidade reluta em aceitar a idéia de que as novas tecnologias podem ajudar a tornar o esporte menos injusto, e por isso mais atraente. Os erros de arbitragem que tanto tem influenciado nos resultados, e que assim pode comprometer o futuro do esporte no mundo, deixam o futebol com um jeito primitivo, pois o erro não é, e não será a essência do futebol, ou poderíamos mudar o nome para 'errobol'? Essa arrogância é uma questão histórica impregnada no comportamento humano. Sempre que a coisa está muito fácil aparece um preguiçoso e diz algo do tipo; "Essa questão é justamente a graça do futebol!", como se fosse um pecado tentar melhorar o que está dando 'certo'. O que deveria ser um entretenimento, um momento de lazer, passa a fazer mal aos nervos dos torcedores.

Outros esportes já estão considerando fortemente a utilização de ferramentas de apoio como, por exemplo, as imagens da tevê. O futebol por si só já é muito atraente e dinâmico, e o jogo está cada vez mais veloz; a arbitragem por sua vez, a cada dia mais refém dessa velocidade.

Teremos nós, que tanto apreciamos o futebol, ter que nos tornarmos imbecis também?! Ou será que é possível exercitar nossa liberdade e começar a apreciar outros esportes?!

 

 

Soslaio

 

"As mais incríveis criações do homem, intrigantemente são aquelas ligadas ao campo da inexistência. Impossível combater aquilo que não existe, pois como provar que uma coisa que não existe, não existe!"

 

(Texto de abertura do primeiro romance de Rogério Zaos, na seqüência, o primeiro parágrafo escrito desse trabalho, que posteriormente tornou-se o capítulo 29 do romance.) 

 

Tiros rompem o silêncio, cortam o ar como uma faca afiada. Após ficar perambulando por tantos anos sem um porto seguro, período este de total instabilidade na minha vida pessoal e profissional, depois de ser reprovado em várias entrevistas de emprego; eu, Lauro Iota, consegui aprovação no concurso para investigador da polícia civil do Estado de São Paulo. Após três longos meses na academia participando de treinamentos intensos, comecei a trabalhar de fato. Definida a minha situação, fui resignado a atuar no departamento de narcóticos, cuidando apenas de assuntos burocráticos. Sem a menor expectativa de sair às ruas, apesar de ter consciência de que isso será inevitável. Já estou achando tudo um grande saco, sem nenhuma resistência às minhas inquietações, continuo sendo o que sou.

 

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Tempestade

 

"Para o homem que deseja ter uma mulher confiável ao seu lado, só lhe resta uma maneira para ter a certeza que de fato a encontrou; desrespeitando-a!"

           

Após a imprevisibilidade do que acabara de ocorrer, Jazz pegou um guardanapo do serviço de bordo da aeronave em que está viajando, e anotou imprecisamente esse indiscreto aforismo. O que o levou a fazê-lo, foi o fato de ter presenciado o homem ao lado da sua poltrona a dizer impropérios ao pé-de-ouvido das aeromoças; uma a uma que passava, ele as chamava como a dizer algo importante. Mesmo contrariadas, após ouvir tais insolências, elas ficavam a distância com um olhar vazio e curioso sobre o impertinente homem. O certo, é que em determinado momento, esse homem levantou-se e passou boa parte da rápida viagem a conversar com uma dessas aeromoças. Ambos disparavam descuidadamente risadas faceiras com a intimidade dos amantes.

            Sem muito pensar sobre o que acabara de anotar, Jazz buscou no silêncio dos seus pensamentos, e escreveu suas possíveis justificativas no verso do mesmo guardanapo;    

 

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